domingo, 9 de maio de 2010

IGUALDADE: UMA SÓ CARNE!

UM ASSUNTO MUITO DISCUTIDO NOS NOSSOS DIAS É A QUESTÃO DA MULHER NAS SUAS VÁRIAS ATRIBUIÇÕES NA SOCIEDADE.  DE FATO, A MULHER ASSUMIU VÁRIAS PARTICIPAÇÕES AO LADO DO HOMEM, NO LUGAR DO HOMEM. BEM, FORAM ANOS DE LUTAS PARA QUE ESSA PARTICIPAÇÃO SE DESSE DE MANEIRA EFETIVA, NO DESEJO DE QUE HOUVESSE A CHAMADA IGUALDADE. CONTUDO, A MULHER TENDO IDO LONGE NAS SUAS CONQUISTAS, SURGE O MOVIMENTO FEMINISTA, ONDE A MULHER BUSCA SUPREMACIA EM RELAÇÃO AOS HOMENS. ASSIM, COMO A TENDÊNCIA MASCULINA DOMINOU O CENÁRIO POR LONGOS ANOS, EXCLUINDO A MULHER, MALTRATANDO E SUBJUGANDO. DA MESMA FORMA, O MOVIMENTO FEMINISTA PROCURA DOMINAR, SUPLANTAR, ULTRAPASSAR E, ATÉ MESMO, EXCLUIR. O FATO É QUE A MULHER AO SER CRIADA POR DEUS DA COSTELA DO HOMEM, MOSTRA QUE SÃO DO MESMO MATERIAL. PORTANTO, IGUALDADE NA COMPOSIÇÃO, TENDO A MESMA IMPORTÂNCIA. TAMBÉM CHAMA A MINHA ATENÇÃO  O FATO DE QUE ESSA CRIAÇAO USOU UMA DAS COSTELAS, SUGERINDO COMPANHERISMO, UNIÃO E COOPERAÇÃO EM TUDO QUE FIZESSEM. ISTO É, AMBOS ATUARIAM PARA O BEM COMUM DE TODOS. SENDO ASSIM, TANTO NA CRIAÇÃO, QUANTO NOS AFAZERES, DEUS COLOCA HOMEM E MULHER LADO A LADO, EM MESMA IGUALDADE PARA PROPORCIONAR FELICIDADE MÚTUA E COLETIVA. A EXCLUSIVIDADE NÃO FOI PREVISTA NA FORMAÇÃO DE AMBOS(POIS A FAMÍLIA RETRATA UNIÃO E COOPERAÇÃO). EQUILIBRIO, COMPREENSÃO, RESPEITO SÃO VIRTUDES PARA ALCANÇAREM O MESMO  OBJETIVO: A CONSTRUÇÃO DE UMA SOCIEDADE RESPEITOSA, PRODUTIVA E COLETIVA.

LIBERDADE NA APRENDIZAGEM!

 Dizem que os olhos são o espelho da alma. Contudo, Platão, no seu livro “Fedro”, expôs magistralmente a sua teoria da Alma Prisioneira. Diz como a alma imortal e celeste, quando encarna na vida humana física, se torna escrava dos sentidos materiais e submerge numa espécie de sonho e olvido. Esquece a sua natureza, a sua capacidade de voar e de elevar-se por cima das necessidades da sua jaula —a personalidade— que não são suas necessidades. A Alma, dizia Platão, não é desta terra e carece das necessidades físicas, psicológicas e mentais que esta terra gera. A alma não se alimenta dos frutos desta terra mas sim de outros, celestes; não necessita da aprovação alheia para fazer ou não fazer; não necessita de auto-estima porque naturalmente a tem; antes melhor estima aquilo que ama. Não se sente limitada pelo aqui e agora; nem pelo cárcere do tempo que separa, de acordo com a lei de causa e efeito mundana, o ontem, do hoje e do amanhã. Ama uma beleza que não é condicionada pela idade nem pelas circunstâncias, exibe uma bondade que é ela mesma, a sua própria essência e natureza; é, enfim, a verdadeira medida das verdadeiras acções; o selo de autenticidade no devir de valores relativos do mundo.

E ensinava Platão que a Alma, como uma ave celeste numa jaula formada por ideias, crenças e necessidades deste mundo, pode despertar do sonho e olvido quando percebe na natureza e no comportamento dos outros fulgores que não são deste mundo mas sim de outro mais elevado e puro. Por exemplo, todo o acto de generosidade na selva dos interesses criados brilha como uma estrela na noite. É necessário ensinar à alma a sua verdadeira natureza para que, recordando e exercitando-se, possa recuperar a sua capacidade de voo; pois é esta, só e não outra, a essência da verdadeira liberdade. Pode existir tarefa mais nobre que libertar a alma das suas ataduras? E que reconheça assim o seu divino parentesco com todas as outras almas, não só humanas mas de tudo o que alenta na natureza ou na própria imensidade do espaço? Quando S. Francisco de Assis dizia “Irmão Sol, Irmã Lua, Irmãs Estrelas…” não o fazia de modo figurado, literário, mas sim que percebia uma verdade que todas as almas despertas podem perceber e que é nosso dever e saúde não esquecer. Para Platão o amor à Sabedoria —pois isto é Filosofia e não sisudo estudo— é o espelho mágico que permite à alma recordar a sua verdadeira natureza; para fazer, como fruto deste reconhecimento, aquilo que deve fazer aqui e agora. Pois como ensinam os velhos textos da Índia: apenas no dever, interior e definitivo, se encontra a verdadeira acção. É fora deste, quer dizer, fora dos fins e confins da alma que se projectam as ilusões da acção, triste resposta às ilusões da vida. Paz profunda ao seu coração!